A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte participou ativamente da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Estado, por iniciativa do deputado estadual Halley Lino de Souza (PT), que tratou dos cursos de qualificação e requalificação para os trabalhadores do Polo Naval.

O evento lotou o plenário da Câmara Municipal, na última sexta-feira, 11 de abril, com a presença de autoridades, agentes políticos, representantes da Furg, IF-Sul, Sine, Senai e dos trabalhadores.

O presidente Benito Gonçalves usou da palavra e elogiou a realização do evento. Disse que a expectativa maior dos trabalhadores metalúrgicos refere-se ao aproveitamento da mão de obra que já existe e encontra-se desempregada. Lembrou que muitos companheiros acabaram migrando para outras regiões do país em busca de trabalho, tendo em vista que a indústria naval na cidade ficou limitada à São José do Norte. Alguns trabalhadores, inclusive, estão exercendo suas atividades em países como o Canadá, Austrália e Estados Unidos. Também há uma boa parte que migrou para outras funções e, por isso, a necessidade de requalificar não só dos trabalhadores metalúrgicos antigos, como também da nova geração. “Nesse sentido, reconhecemos o esforço dessa audiência pública e de seus promotores, interessados na retomada do setor naval”, declarou.

Reabertura dos outros dois estaleiros

O presidente do STIMMMERG prosseguiu:

- Ainda fica um ponto de interrogação. Até quando os estaleiros estarão em atividade? Qual o tamanho dessa retomada? Nessa divisão do bolo qual o tamanho do olhar para a Metade Sul do Estado? Pois quando se fala em retomada da indústria naval não sonha só o metalúrgico. Sonha o dono do restaurante, do hotel, da imobiliária, o comerciante, o vendedor ambulante, os envolvidos com a mobilidade urbana (transportes públicos, privados e aplicativos). Nesse sentido hoje reforçamos a necessidade de reabertura dos outros dois estaleiros, em São José do Norte e na Honório Bicalho.

Contratações pela Ecovix

Benito Gonçalves também falou sobre as contratações pela Ecovix para a construção dos cascos de navios para a Transpetro:

- A direção da Ecovix deixou bem claro que todo processo seletivo se dará pelos seus canais de acesso e relação. Serão utilizados o Sistema S, mais o Sine e não haverá contratações por outros meios, a não ser através do quadro funcional direto da própria empresa. O contrato firmado com a Transpetro prevê que o consórcio Ecovix/Estaleiro Mac Laren realize de forma direta a contratação da mão de obra a ser utilizada na construção das embarcações.

Esperança de empregos

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